sexta-feira, 14 de novembro de 2014

HOF traz para o Brasil o conceito de Microdestilaria Boutique

Criada em Serra Negra, empresa contempla uma exclusiva variedade de licores e aguardentes, produzidas em escala reduzida e apresentadas em garrafas numeradas

As bebidas Premium são hoje tendência no Brasil e no mundo. A cachaça, por sua vez, está alcançando o mesmo patamar de qualidade
de destilados considerados nobres, como Whisky, Cognac e vodca. Sua valorização passou a ser percebida quando foi reconhecida como uma bebida exclusiva genuinamente brasileira e obteve um “certificado” que classifica como cachaça a bebida que segue regras de produção em território nacional – a exemplo de champanhe, na França, e tequila, no México.

A Microdestilaria Hof trabalha com um conceito contemporâneo de produção em escala reduzida, com criações de receitas originais, mantendo a harmonização das propriedades marcantes dos ingredientes e a destilação em alambiques de cobre do tipo Pot still. A Microdestilaria Hof introduz no país o conceito “boutique”, que é um conceito contemporâneo de produção de bebidas alcoólicas de alto padrão em escala reduzida. A característica é a harmonização das propriedades marcantes dos ingredientes e a tradicional destilação em alambiques de cobre.

Todo o processo de produção dos destilados obedece a uma única regra: a obtenção de uma qualidade superior. A produção de pequenos lotes requer atenção especial e uma seleção criteriosa de ingredientes regionais. “A base de todas as bebidas é a aguardente de cana da maior qualidade e o puro álcool proveniente dos cereais. Além disso, o clima da região ajuda na boa qualidade da cana de açúcar, que acumula maiores quantidades de açúcares em seu interior. Obtido originalmente por produtores renomados e redestilado na Hof, o produto final contempla uma bebida de melhor qualidade, que pretende maior delicadeza e suavidade, tanto no aroma, quanto no sabor”, explica Matheus Braunholz, sócio-proprietário da Microdestilaria Hof. “Contudo, criamos uma categoria de licores premium e destilados nobres. Apenas uma centena delas são produzidas de cada vez. Assim, abrimos caminhos inexplorados, oferecendo aos nossos consumidores novas experiências sensoriais”, completa.

Fiel ao lema “Tradição e Modernidade”, a Microdestilaria Hof mantém a fabricação de antigas receitas com o uso da menor tecnologia possível. Com alto nível de qualidade, sempre respeitando as mais exigentes normas técnicas de produção de bebidas, com uma variedade incomparável de destilados.

O espaço que abriga a Microdestilaria Hof é um charme a parte. A decoração resgata o clássico e o tradicional em um espaço que encanta através da simplicidade da beleza das pequenas coisas. É um lugar fácil de frequentar, por isso vale a pena a viagem até lá. O ambiente rústico vem propositalmente para lembrar o antigo, o secular. Os atributos de beleza estão presentes em cada detalhe da acolhedora e aconchegante arquitetura. A charmosa estrutura serve como ponto de parada para degustar uma bebida e ao mesmo tempo pode ser um espaço para exercer a troca cultural. “Queremos aproximar culturas diferentes e gerar experiências marcantes. Nem que seja por uma hora, por um dia, ou que se perpetue”, finaliza M. Braunholz.

A qualidade incontestável dos produtos da Microdestilaria Hof é facilmente reconhecida. A Cachaça Alma da Serra descansada em barris de carvalho americano foi Medalha de Ouro no Concours Mondial Bruxelles – Spirits Selection, em 2014, além de da Medalha de Prata no NYISC New York International Spirit Competition. Muitas outras bebidas produzidas aqui tiveram sua qualidade atestada em diversos concursos nacionais e internacionais.

A Microdestilaria produz aguardentes, cachaças, vodka, gin, rum e licores. Saiba mais em www.microdestilariahof.com.br

Divulgação: Notícia Expressa

sábado, 1 de novembro de 2014

Turismo Rural: profissionalismo para ser bem sucedido.

O turismo Rural é mais uma opção para proprietários de terras que queiram investir nesse ramo do agronegócio. Para ingressar na área, é importante estar atento a algumas particularidades exigidas para o sucesso da atividade. Uma ajuda extra é a propriedade estar inserida em algum circuito já voltado para o turismo ou com vocação natural, como a região serrana e o circuito das águas, e a existência de atrativos naturais, como cachoeiras, trilhas, uma bela paisagem natural. Uma boa rede hoteleira também costuma ajudar e oferecer suporte à divulgação.

Além desses fatores, ferramentas importantes para os interessados são as capacitações oferecidas nessa área, tanto pela CATI, como pelo Senar. “Todos os que ingressaram e estão tendo sucesso, passaram por capacitação para a gestão do agronegócio: receber visitantes; montar uma agroindústria artesanal, como queijarias, estar apto a oferecer pães, bolos, doces, geléias feitas na roça, com o sabor da culinária caipira, estão entre os cursos oferecidos.“É importante o produtor não perder o foco. Quem procura turismo rural quer vivenciar a vida no campo, experimentar seus sabores, ter uma atividade genuína como uma cavalgada, um leite ao pé da vaca, coisas do dia-a-dia de quem vive no campo. Conversar, contar “causos”, ter disposição para servir, estar atento à curiosidade daqueles que vivem realidades diferentes são dicas de sucesso, ensina o eng. agr. Ricardo Moncorvo, da Casa da Agricultura de Amparo, especialista nessa área.

Queijo e vinho: uma parceria que atrai turistas

Em Serra Negra o turismo rural está em ascensão e alguns proprietários começam a se associar para oferecer mais oportunidades a quem visita a região rural. É o caso da rota do queijo e vinho, onde os proprietários do Sítio Chapadão oferecem os mais variados tipos de queijo, desde os mais comuns, como frescal e minas padrão, aos finos ou diferenciados como o boursin, o trabalhoso parmesão que tem que ser virado e revirado até chegar ao ponto, ou com sabores inusitados como saint paulin com sabor whisky ou vinho. Logo adiante, no Sítio Bom Retiro, é hora de comprar vinhos e cachaças especiais. Em ambos os casos, há muita história para ouvir das famílias, Dini dos queijos, e Carra dos vinhos. Geralmente tudo começa de um dom que, explorado, torna-se uma alternativa de renda, reúne familiares em torno de uma causa comum e impulsiona o turismo rural.

Suely Aparecida Campos Dini conta como o sítio foi se tornando a principal fonte de renda da família. “As terras pertenciam ao meu sogro que plantou o primeiro cafezal há uns 50 anos, depois meu marido começou a atividade leiteira com quatro vacas e ordenha manual. Quando aposentei, resolvi fazer cursos de derivados do leite e a melhorar os queijos que já fazia, aumentou a clientela e trocamos a cidade pelo Sítio”, relata Suely. “Nos últimos 10 anos abrimos as porteiras e os grupos foram aumentando e nós aumentamos a oferta. Agora temos café da manhã e da tarde, recebemos grupos, estamos atentos à decoração e não deixamos de lado o investimento em novidades, estamos sempre aprendendo” contam a nora e o filho de Suely, Alexandra e José Antonio.

O neto, de 9 anos, Pedro Henrique já dá palpites na queijaria e “é bom de contas”, fala a mãe, Alexandra, que faz planos para a futura geração. As frentes são várias, o café não foi descuidado, tem certificação e ganhou recentemente o 1.º lugar no Concurso de Qualidade do Café de Serra Negra e o 3.º na Região. Com o prêmio a saca subiu de R$ 190,00 para R$ 400,00. Mais dinheiro para continuar investindo. No telhado da queijaria, como um cuidado na decoração, reina uma bruxinha apontando a direção do vento, bons ventos que estão trazendo renda e emprego. O contato e as reservas podem ser feitas pelo e.mail ascadi@bol.com.br telefones (19) 3892-1091 ou (19) 9171-1709.

A família Carra está na região há cinco gerações e quem procura vinho encontra da melhor qualidade, produzido com uvas vindas do rio Grande do Sul. “Cada geração tem seu lugar na adega rústica, construída em alvéolos de barro, uma curiosidade que se mistura a outros pertences da família, como máquinas de costura antigas, ferros de passar, fotos e brasões. No local é possível encontrar o vinho Porto Ânfora, uma tradição grega passada aos portugueses. O Porto Ânfora é feito com uvas desidratadas e fica enterrado em ânforas de barro por 12 meses, dando ao vinho um sabor especial.

A cachaça artesanal também tem muita procura

O Sítio Bom Retiro oferece também boas cachaças, premiadas como a feita na ocasião da inauguração do Memorial JK em Brasília. “Ganhamos em segundo lugar, entre as melhores cachaças do Brasil, as garrafas eram numeradas e, em leilão, chegaram a valer R$ 35 mil”, conta Clóvis Carra que mostra outras curiosidades como a cachaça azul, uma receita do tempo do Império, feita em homenagem a D. Pedro II e aos nobres de “sangue-azul”. A flor de laranjeira misturada à cachaça é que proporciona a coloração. A bebida deve ser servida bem gelada que é quando perde a acidez e intensifica o sabor. Ou, ainda, a Kachinello, uma receita indígena e que era oferecida antes das provas de resistência. Inicialmente feita com álcool de mandioca, no Sítio Bom Retiro ela é feita com álcool de cana, acrescido de caramelo, açúcar mascavo, licor de cacau e pó de guaraná. Segundo Clóvis Carra, “faz milagres”. O contato é sitiobomretiro@bol.com.br, telefone (19) 3892-3574.

Na divisa entre Serra Negra e Monte Alegre do Sul, está localizada a Microdestilaria Hof, inspirada no boom das destilarias americanas e uma das novatas na região. Trata-se de uma destilaria "boutique", que elabora destilados finos e exclusivos, aguardentes compostas, licores destilados e a cachaça Alma da Serra, bidestilada e descansada em barris de carvalho americanos e franceses de procedência, que já renderam à menor destilaria da região o 4º lugar de melhor cachaça em 2013 pela UNESP e medalha de ouro no prestigiado Concurso Internacional de Bruxelas em 2014, concorrendo com mais de 150 cachaças nacionais. Na propriedade aberta à visitação pode-se conhecer a destilaria, seu processo de produção - a bidestilação de cachaça e a fabricação de licores destilados - além da cabanha onde são criadas ovelhas Dorper. A localização e a paisagem são deslumbrantes.
Onde fica: Rod. Joaquim Alexandre Zocchio, s/nº, Km. 4 Bairro da Serra. Tel.: (19) 99722-6090 (agendar as visitas).

Cavalgadas, tirolesa, trilhas: atividades que aumentam o apetite na roça

Na verdade quem procura turismo rural está sempre atrás de boas comidas, feitas em fogão a lenha. “É inevitável”, conta Claudinei Almeida, o Nei, “as cavalgadas promovidas pelo Rancho São Nicolau acabam ou começam sempre com um belo almoço servido aos domingos”. Nei é um domador de cavalos, quem se lembra do filme Encantador de Cavalos, estrelado por Robert Redford, sabe o que é a doma índia, um carinho que submete o animal e em menos de um mês um potro bravo atende todos os comandos. Nei demonstra e ensina esse e outros tipos de doma, um dos atrativos oferecidos no rancho.

“Sempre recebi visitantes à procura de maior contato com cavalos e com a vida no campo. Aí fui aumentando a oferta com compra e venda de animais, equitação, construi o restaurante com verba do Pronaf. Diversifiquei, mas não quero perder a rusticidade”, conta Nei que oferece também ecoterapia, uma terapia com cavalos destinada ao tratamento de pessoas com necessidades especiais. A parceria com hotéis e pousadas permite cavalgadas de longa distância com paradas agendadas, tanto para grupos experientes como para iniciantes. Nei tem investido em divulgação e parceria com outros que estão fazendo do turismo rural a sua principal atividade econômica. O Rancho São Nicolau fica em Águas de Lindóia e está cadastrado no site oficial da cidade. Os contatos também podem ser feitos pelo celular (19) 9798-4803.

Em Águas de Lindóia, Joel Raimundo de Souza, procurava apenas oferecer uma vida mais saudável à família e acabou encontrando no Sítio Monte Alegre todos os ingredientes de sucesso para o turismo rural. “O maior ingrediente sempre foi a disposição da família em colaborar”, conta Joel que tem dado depoimentos em diversos encontros sobre turismo rural. Além de Joel, seus pais, irmãos, mulher e filhos vivem da atividade e ainda oferecem emprego a 15 funcionários. No Sítio, várias opções foram surgindo como tirolesa, passeio a cavalo, trilhas, a Venda do Zé, com produtos típicos, e o restaurante que ocupa espaço cada vez maior e oferece variedade de produtos. Contatos sitiomontealegretur@hotmail.com ou no site oficial do município de Águas de Lindóia.

Receitas de sucesso não acontecem por acaso, são fruto de treinamento e capacitação para o planejamento e gerenciamento de uma propriedade rural. Estar por dentro da legislação e também das verbas públicas destinadas ao turismo rural é importantíssimo, referendam todos os entrevistados. Em breve a CATI estará lançando uma publicação sobre o tema, com teorias, formas de obtenção de crédito e relatos sobre a atividade. O autor, o eng. agr.Ricardo Moncorvo Tonet, tem visitado com freqüência essas e outras propriedades e está apto a colaborar com os interessados em turismo rural. O técnico atende na Casa da Agricultura de Amparo, pertencente à CATI Regional Bragança Paulista, e pode ser acionado pelo e.mail ca.amparo@cati.sp.gov.br ou pelo telefone (19) 3807-3690

História do Alambique e da Destilação

O alambique é um equipamento de destilação simples. Foi utilizado desde tempos remotos, encontrando-se frequentemente relacionado com a alquimia. Embora os Egípcios fossem os primeiros a construir alambiques, cujos desenhos adornam um velho Templo de Mênfis, foi da língua Árabe que nasceram os termos alambique (“al ambic”)e álcool (“al cóhol”) significando, o primeiro, vaso destilatório, e o segundo, embora querendo designar um pó muito duro à base de chumbo ou antimónio, exprime a ideia de tênue e subtil, significando vapores de destilação. O alambique foi desenvolvido no ano de 800 D.C. pelo Alquimista Árabe Jabir ibn Hayyan. A palavra alambique derivou do significado metafórico de “algo que refina; que transmuta”, mediante a destilação.

A destilação é o método de separação baseado no fenomeno de equilíbrio líquido-vapor de misturas. Em termos práticos, quando temos duas ou mais substâncias formando uma mistura líquida, a destilação pode ser um método adequado para purificá-las: basta que tenham volatilidades razoavelmente diferentes entre si.

Um exemplo de destilação que tem sido feito desde a antiguidade é a destilação de bebidas alcoólicas. A bebida é feita pela condensação dos vapores de álcool que escapam mediante o aquecimento de um mosto fermentado. Como o teor alcoólico na bebida destilada é maior do que aquele no mosto, caracteriza-se aí um processo de purificação.

Os primeiros estudos científicos documentados acerca da destilação surgiram ainda antes da Idade Média, por volta do ano 800, com o alquimista Jabir ibn Hayyan (Geber). Foi ele, inclusive, quem inventou o alambique, que é um aparato usado até hoje para fazer destilações de bebidas alcoólicas.

As origens da alquimia podem situar-se na Grécia, fazia o ano de 300 AC, recorrendo aos registos egípcios e babilónicos. O seu maior esplendor na antiguidade pareceu ter sido alcançado em Alexandria entre os anos 200-300 DC.

Existem provas documentais de que os trabalhos destes alquimistas chegaram aos Árabes e os aparelhos que utilizavam para a destilação foram descritos por Marco Graco no século VIII, podendo considerar-se este como o primeiro documento histórico sobre a destilação de vinhos, ainda que não mencione nada sobre as características do resultado obtido na destilação.

Em meados do século IX, tem início o desenvolvimento da alquimia Árabe, que recebe a sua influência da escola de Alexandria. Sendo assim, os árabes compilaram os conhecimentos dos alquimistas existentes até essa época, num livro intitulado “Livro de Crates”.


No entanto, será a obra de Gerber, que foi publicada no ano de 850 e traduzida para o latim como “De Summa Perfectionis, que fará com que a Europa recorra ao pensamento e métodos da química. Ibn Yasid é considerado por alguns autores como tendo descoberto a destilação para obtenção do álcool.

A imensa obra do Filósofo e Médico árabe Avicena (séc. X), verdadeira obra-prima dos conhecimentos da sua época, embora não mencione o álcool, descreve detalhadamente o alambique e suas aplicações.

A origem provável do termo “espirituosa”, que se utiliza para denominar as bebidas alcoólicas, teve origem no século XIII, pois nessa altura utilizava-se muito a expressão “espírito do vinho”. O termo francês “Eau de Vie”, que quer dizer “água da vida”, teve origem nas propriedades medicinais das bebidas espirituosas, a que eram atribuídas a virtude de prolongar a vida.

Muitas das antigas civilizações do mundo antigo utilizavam poções feitas a partir deste tipo de bebidas, as quais possuíam características mágicas e rituais. Há documentos que afirmam que por volta de 1600, a Companhia de Jesus dedicou uma especial atenção ás propriedades da aguardente, dedicando grande parte das suas
investigações ao estudo de novas substâncias alcoólicas e também de novos métodos de destilação.

Nesta época, poderão encontrar-se os alambiques não só nas casas dos nobres, mas também nas casas dos agricultores, que utilizam o alambique para melhorar um pouco a sua qualidade de vida. Utilizando ervas e raízes na destilação, poderão obter-se preciosos remédios, tanto para a farmacopeia oficial, como para a caseira.

Hoje em dia, os alambiques tradicionais deram lugar a novos e mais sofisticados aparelhos de destilação para produção industrial. Contudo os alambiques tradicionais ainda são usados para a produção de algumas bebidas espirituosas, como é o caso do Cognac, Scotch Whisky e Ketel One Vodka. A forma típica do alambique é dita como dando à bebida um gosto muito especial e único. E sem dúvida que o alambique em cobre é de longe a melhor opção.

www.lusiancoppers.com