A destilação é o método de separação baseado no fenomeno de equilíbrio líquido-vapor de misturas. Em termos práticos, quando temos duas ou mais substâncias formando uma mistura líquida, a destilação pode ser um método adequado para purificá-las: basta que tenham volatilidades razoavelmente diferentes entre si.
Um exemplo de destilação que tem sido feito desde a antiguidade é a destilação de bebidas alcoólicas. A bebida é feita pela condensação dos vapores de álcool que escapam mediante o aquecimento de um mosto fermentado. Como o teor alcoólico na bebida destilada é maior do que aquele no mosto, caracteriza-se aí um processo de purificação.
Os primeiros estudos científicos documentados acerca da destilação surgiram ainda antes da Idade Média, por volta do ano 800, com o alquimista Jabir ibn Hayyan (Geber). Foi ele, inclusive, quem inventou o alambique, que é um aparato usado até hoje para fazer destilações de bebidas alcoólicas.
As origens da alquimia podem situar-se na Grécia, fazia o ano de 300 AC, recorrendo aos registos egípcios e babilónicos. O seu maior esplendor na antiguidade pareceu ter sido alcançado em Alexandria entre os anos 200-300 DC.
Existem provas documentais de que os trabalhos destes alquimistas chegaram aos Árabes e os aparelhos que utilizavam para a destilação foram descritos por Marco Graco no século VIII, podendo considerar-se este como o primeiro documento histórico sobre a destilação de vinhos, ainda que não mencione nada sobre as características do resultado obtido na destilação.
Em meados do século IX, tem início o desenvolvimento da alquimia Árabe, que recebe a sua influência da escola de Alexandria. Sendo assim, os árabes compilaram os conhecimentos dos alquimistas existentes até essa época, num livro intitulado “Livro de Crates”.
No entanto, será a obra de Gerber, que foi publicada no ano de 850 e traduzida para o latim como “De Summa Perfectionis, que fará com que a Europa recorra ao pensamento e métodos da química. Ibn Yasid é considerado por alguns autores como tendo descoberto a destilação para obtenção do álcool.
A imensa obra do Filósofo e Médico árabe Avicena (séc. X), verdadeira obra-prima dos conhecimentos da sua época, embora não mencione o álcool, descreve detalhadamente o alambique e suas aplicações.
A origem provável do termo “espirituosa”, que se utiliza para denominar as bebidas alcoólicas, teve origem no século XIII, pois nessa altura utilizava-se muito a expressão “espírito do vinho”. O termo francês “Eau de Vie”, que quer dizer “água da vida”, teve origem nas propriedades medicinais das bebidas espirituosas, a que eram atribuídas a virtude de prolongar a vida.
Muitas das antigas civilizações do mundo antigo utilizavam poções feitas a partir deste tipo de bebidas, as quais possuíam características mágicas e rituais. Há documentos que afirmam que por volta de 1600, a Companhia de Jesus dedicou uma especial atenção ás propriedades da aguardente, dedicando grande parte das suas
investigações ao estudo de novas substâncias alcoólicas e também de novos métodos de destilação.
Hoje em dia, os alambiques tradicionais deram lugar a novos e mais sofisticados aparelhos de destilação para produção industrial. Contudo os alambiques tradicionais ainda são usados para a produção de algumas bebidas espirituosas, como é o caso do Cognac, Scotch Whisky e Ketel One Vodka. A forma típica do alambique é dita como dando à bebida um gosto muito especial e único. E sem dúvida que o alambique em cobre é de longe a melhor opção.
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