Cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38 a 48% em volume a 20ºC, obtida pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar e com características sensoriais peculiares. A quase totalidade dos componentes orgânicos voláteis da cachaça é representada pelo etanol. Outros compostos voláteis, chamados secundários, estão presentes e são os principais responsáveis pelo sabor característico da bebida.
A diferença entre a cachaça industrializada e a de alambique (artesanal) está tanto na escala quanto no sistema de produção. Nos alambiques geralmente são produzidos de cem a mil litros/dia de cachaça, ao passo que nas destilarias industriais são produzidos cerca de trezentos mil litros por dia. Uma opção no mercado é a cachaça bidestilada, cujo produto obtido apresenta menor teor acidez e cobre, em relação à mono destilada.
buquê enquanto a vantagem da cachaça industrial em relação a artesanal é a padronização do produto, requisito importante para uma bebida que começa a dar seus primeiros passos na exportação.
Destilação é a etapa responsável por separar todas as substâncias de interesse formadas pela fermentação, por este motivo é considerada de extrema importância para obtenção de uma cachaça de qualidade.
A bi destilação da aguardente de cana foi proposta inicialmente visando a obtenção de um destilado mais leve para ser posteriormente envelhecido. Esse processo consiste em realizar, após a fermentação do caldo de cana, duas destilações sucessivas, que podem ser conduzidas em um mesmo alambique ou em alambiques distintos.
Com vistas a verificar o efeito do processo de bi destilação na qualidade sensorial da cachaça, quatro amostras dessa aguardente obtidas em laboratório por destilação simples e pelo processo de bi destilação em alambiques de cobre, a partir do mesmo vinho de cana, foram submetidas a testes de aceitação.
Apesar de não existir diferença significativa entre as amostras com relação aos atributos avaliados, observou-se uma tendência de maior aceitação da amostra bidestilada em alambique de cobre, em relação aos atributos sabor, impressão global e sabor residual, quando comparada com a amostra de cachaça tradicional obtida no mesmo alambique.
A bi destilação da aguardente de cana, prática normalmente adotada na produção de outras bebidas destiladas, como o uísque, o conhaque e o rum, foi proposta pela primeira vez por Novaes, visando a obtenção de um destilado mais leve para ser posteriormente envelhecido.
Esse processo consiste em realizar, após a fermentação do caldo de cana, duas destilações sucessivas, que podem ser conduzidas em um mesmo alambique ou em alambiques distintos.
Com base em resultados referentes à amostra destiladas em alambique de cobre, pode-se constatar que o processo de bi destilação apresenta efeitos positivos na aceitação em relação ao sabor, impressão global, aroma, teor alcoólico, sabor de álcool e sabor residual. Com base, portanto, em resultados obtidos na prática, é possível afirmar que o processo de bi destilação aponta para resultados positivos do ponto de vista sensorial, principalmente quando se utiliza alambiques de cobre.
Muito interessante e por demais objetiva essa matéria . Tenho bastante interesse em conhecer melhor todo o processo no que diz respeito à cachaça bidestilada e ainda saber se hà perda na bidestilação
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