domingo, 16 de setembro de 2018

“Extra-Premium”

“Elaboramos uma cachaça extra premium, envelhecida em um único barril (”single barrel”) de carvalho de Whiskey turfado por cinco anos.

ALMA DA SERRA EXTRA-PREMIUM – 5 ANOS – APENAS 300 GARRAFAS NUMERADAS.

Uma “joia” da Microdestilaria Hof. Um lote único de apenas 300 garrafas de uma cachaça muito especial, extra premium, envelhecida por 5 anos em um barril único de carvalho americano utilizado anteriormente na elaboração de Bourbon e no envelhecimento de whisky escocês turfado, não reformado exatamente para aproveitamento das notas e sabores adquiridos pela madeira ao longo de muitos anos.

INSPIRAÇÃO
Esta edição única nasceu da insistência e indicação especial de nosso fornecedor de barris, a Tanoaria Espanha, de São Pedro de Alcântara, Santa Catarina, através do Sr. Rafael Gonzales, para adquirir este barril em especial, que na sua opinião permitiria a obtenção de uma cachaça exclusiva, pois tratava-se de um barril de carvalho americano utilizado anteriormente no envelhecimento de Bourbon e posteriormente whisky escocês com malte turfado.

Seu aconselhamento seria a utilização do casco sem a reforma, isto é, sem o fresamento interior e nova tosta, exatamente para aproveitamento das notas e sabores da bebida anteriormente envelhecida neste barril. Sugestão seguida à risca.

O RESULTADO
O resultado foi uma cachaça muito suave no paladar, com uma cor não muito acentuada, levemente amarelada em virtude de seu intensivo uso anterior, mas que concedeu à bebida uma complexidade ímpar, com notas delicadas da madeira, baunilha, mas com sabor seco e levemente defumado, consequência do malte turfado originalmente armazenado em seu interior.

O BARRIL
A Escócia envelhece seu whisky em barris já utilizados por outras bebidas. Isso acontece porque o barril previamente utilizado ajuda a suavizar o excesso de madeira que é liberado no primeiro uso. Os whiskies americanos, por exemplo, utilizam o barril virgem, e o excesso de madeira é uma de suas marcas. O barril usado pelos Bourbons, feito de carvalho americano, é um dos que são aproveitados pela indústria do scotch whisky. Nele o whisky ganha aromas e sabores florais, de baunilha e de madeira.

A TURFA DÁ UM LEVE SABOR AO WHISKY
Os uísques escoceses mais tradicionais e reconhecidos mundialmente pela sua qualidade, utiliza o “peat” ou turfa como combustível nos fornos de secagem dos grãos maltados que serão utilizados na produção do uísque.

A turfa é responsável por alguns dos sabores mais intensos do whisky. A turfa é um torrão de material orgânico retirado do solo milenar da Escócia.  Seu uso durante o processo de secagem e defumação dos maltes acrescenta ao uísque um característico aroma defumado com notas terrosas.

Dentre os aromas e sabores mais característicos e assertivos do bom whisky escocês single malt está o de turfa. De modo geral, os whiskies escoceses se tornaram muito menos turfosos nas últimas décadas do século XX, à medida que fontes alternativas de combustível foram desenvolvidas. Porém, algumas destilarias retornaram à tradição.

O retorno da turfa é um reflexo do interesse dos aficionados. Os aromas e sabores desse composto orgânico, terrosos, fuliginosos, defumados, com notas de alcatrão, em geral bastante secos, podem ser tão viciantes para os amantes de malte quanto desafiadores para os iniciantes ou os bebedores ocasionais. Perceber a turfa no whisky é sentir o perfume e o gosto do solo da Escócia.

A exposição do malte à turfa acrescenta uma gama de compostos fenólicos para além das notas turfosas e defumadas, incluindo alcatrão, brasa, fogueira, sabão carbólico e um caráter marinho. A turfa da costa apresenta aromas salgados de beira
-mar em consonância com o ambiente marinho que a formou.

A turfa antigamente era bastante usada, mas como o carvão acabou se tornando mais disponível com o crescimento do transporte ferroviário, a indústria seguiu a tendência e passou a criar whiskies menos defumados. Em algumas ilhas, como Islay e Skye, a transição para o carvão não aconteceu tão rapidamente, e o uso da turfa prosseguiu. Para a maioria dos destilados produzidos nas ilhas, essa ainda é a norma, ou seja, a secagem da cevada é realizada em fornos típicos ou em pátios de secagem maiores.

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