14 de março de 2016 por Mapa da Cachaça
Categorias: Artigos
Alexandre Bertin, presidente da Confraria Paulista da Cachaça, e Guiba Monteiro, falam sobre a criação e funcionamento da organização
Confraria Paulista da Cachaça
Em São Paulo, um grupo de amigos com diferentes profissões – donos de alambique, donos de bares, profissionais de marketing e jornalistas – decidiu se unir para celebrar sua paixão por cachaças artesanais. Em 2015, fundaram a Confraria Paulista da Cachaça – grupo dedicado à degustação especializada da branquinha.
O Mapa da Cachaça conversou com o presidente e o vice-presidente da organização – respectivamente, o empresário Alexandre Bertin, da Cachaça Sapucaia, e Guilherme Chagas Monteiro, procurador da Fazenda Nacional. Via email e telefone, eles contaram como funcionam os grupos e as reuniões. Para quem gosta da bebida, é um convite para quem quer se aprofundar com leveza neste setor. Voilà.
Como surgiu a ideia da Confraria?
Alexandre Bertin – A ideia inicial era formalizar o que já estava acontecendo. A gente já realizava com certa frequência reuniões para falar sobre cachaça. Também queríamos aumentar o grupo, a exemplo do que acontece com as outras confrarias que existem.
Guilherme Monteiro – Vimos que em São Paulo não tinha confraria. No Rio de Janeiro, no Sul e no Nordeste, elas já existiam. Nosso objetivo era criar um grupo que representasse e difundisse conhecimentos sobre a cachaça de alambique. Que atingisse mais o consumidor do que o produtor. A ideia inicial partiu de conversas que tive com Mauricio Sebastião Pires Morais, João Alves Almeida e outros amigos de São Paulo. Nossos primeiros encontros eram realizados no bar do Maurício, o Valadares, na Lapa. Desde então, a Confraria ganhou corpo e hoje fazemos encontros em diferentes bares paulistanos para um grupo cada vez maior.
Como são os encontros, com que periodicidade são realizados?
Guilherme – Primeiro, apresentamos as cachaças, depois tem a degustação acompanhada com uma ficha para anotar as características de cada bebida. É bem simples. Em 2015, os encontros eram mensais, em 2016, passaram a ser bimestrais. Nós lançamos uma convocatória no site e no Facebook. É um evento aberto, pessoas maiores de idade podem participar.
Alexandre – Temos sempre 20 cachaças diferentes para degustação, água e petiscos incluídos no valor, uma taxa simbólica de R$ 40,00. Nos encontros, também há palestras com especialistas do ramo.
De que forma a Confraria fortalece o setor de cachaças artesanais?
Alexandre – A Confraria através de seus eventos está disseminando o conhecimento sobre cachaça. Ajudando o público a entender melhor os processos de produção, como avaliar qualidade, como degustar, como utilizar a cachaça na coquetelaria, dentre outros assuntos.
Nosso público são pessoas novas, que não tem tempo para fazer um curso formal e que gostariam de aprender gratuitamente sobre cachaça, num ambiente agradável, onde pode conversar com quem é destaque nesse meio.
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