sexta-feira, 6 de maio de 2016

Quais os tipos de cachaça segundo o número de destilações?

O jeito como se faz cachaça e aguardente de cana não parou no tempo, ele é melhorado continuamente pelos alambiques e indústrias para que ocupemos um lugar no mapa mundial das bebidas destiladas como fizeram outros países, que criaram, aprimoraram e estão sempre pensando em maneiras de melhorar aquilo que já é bom.

Destilação significa separar o álcool da garapa fermentada através do calor e que nem tudo que é destilado é a bebida, mas somente a fração coração (80% do volume). Bom, então por que destilar de novo? Para inovar! Para proporcionar algo diferente aos consumidores sempre.

A bidestilação da aguardente de cana foi proposta inicialmente visando a obtenção de um destilado mais leve para ser posteriormente envelhecido. Esse processo consiste em realizar, após a fermentação do caldo de cana, duas destilações sucessivas, que podem ser conduzidas em um mesmo alambique ou em alambiques distintos.

A técnica em si vem para fornecer uma experiência de aromas e sabores diferenciada, já que é possível selecionar e concentrar as substâncias mais desejadas sensorialmente. Além disso, proporciona um destilado com mais leveza para ser posteriormente envelhecido.

Ainda há poucos alambiques e indústrias utilizando esse método que é mais caro e com rendimento de produção menor.

A bidestilação é apenas mais um diferencial, ela veio para agregar, mas é possível encontrar grande diversidade de aromas e sabores mesmo com apenas uma destilação como se faz a séculos.

O objetivo é aos poucos desmistificar a ideia de que “pinga é tudo igual” e que é algo rústico, do interior e sem qualidade. Muito pelo contrário, nas palavras de Sobral Pinto (renomado jurista brasileiro): "Quando o Brasil criar juízo e se tornar uma potência mundial será a cachaça e não o whisky a bebida do planeta."

by UNIÃO DA CACHAÇA on 15/12/2015

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